PM é ameaçado de morte por facção criminosa responsável por ataques

Policial registrou BO em 5º DP, no Anjo da Guarda.
Ameaça aconteceu logo após prisão de um dos envolvidos nos ataques.



Um policial do Serviço de Inteligência da Polícia Militar, que não pode ser identificado, recebeu nesta terça-feira (7) ameaças de morte de facção criminosa responsável pelos ataques da noite de sexta-feira (3), em uma mensagem de celular. Ele fez um Boletim de Ocorrência no 5º Distrito Policial do Anjo da Guarda.
O texto da mensagem de celular, apesar de não estar pontuado, faz ameaça à vida do policial. “Tu viu comecou o contraataque ate domingo tu ta morto tu e o proximo. Sei onde te encontrar (sic)”.
A mensagem foi enviada logo após a prisão de Robenilson Carlos da Silva Martins, acusado de ter participado do ataque ao 9º Distrito Policial, no São Francisco, e do incêndio a um ônibus na Avenida Ferreira Gullar, na Ilhinha. Ele foi preso no bairro Sá Viana, em São Luís.
O delegado titular do 5º DP, no Anjo da Guarda, Walter Vanderley Ferreira,  afirmou que precauções já foram tomadas. "Segundo informações que chegaram através do celular o próximo a ser morto seria um policial militar ligado ao Serviço de Inteligência da PM. Então, diante desse contexto que tem assolado nossa São Luís, resolvemos por cautela recolher a viatura, que está aqui na garagem e não na frente da delegacia", informou o delegado.
Ataques
Após operação da Tropa de Choque no Complexo Penitenciário de Pedrinhas noMaranhão, quatro ônibus foram incendiados e uma delegacia foi alvo de tiros em São Luís na noite de sexta-feira (3). O secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, disse que os ataques foram ordenados por detentos do presídio.
Na quinta (2), dois presos foram encontrados mortos em Pedrinhas. Em 2013, de acordo com o relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) entregue em 27 de dezembro, 60 detentos morreram nos presídios do Maranhão.
Nos ataques de sexta, quatro ônibus foram incendiados na Vila Sarney, na Avenida Kennedy, no bairro João Paulo e na Avenida Ferreira Gullar. Além disso, duas delegacias foram alvo de tiros em São Luís, no São Francisco e na Liberdade.
"Eles entraram no ônibus e jogaram gasolina nas crianças que estavam próximas deles e atearam fogo", contou Maria da Conceição Nunes, parente de uma das vítimas do incêndio aos ônibus.
Cinco pessoas ficaram feridas por conta dos ataques a ônibus na Vila Sarney Filho. A menina Ana Clara, de 6 anos, não resistiu às queimaduras que sofreu e morreu na manhã de segunda-feira (6). Ela teve mais de 90% do corpo queimado no ataque. Entre domingo (5) e segunda-feira, 16 pessoas foram presas por suspeita de participação nos ataques.
Segundo o médico Cláudio Araújo, a causa da morte de Ana Clara foi insuficiência renal e choque hipotensivo, refratário a drogas e líquidos. "O tecido não respondia. A droga não chegava a esses tecidos, dificultando o tratamento. Isso devido à gravidade, ao grau de lesão do acidente", explicou.


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