Violência no Distrito Federal pode ser preocupação até no mundo

  Sobre a matéria de agência de notícias, “Violência. DF tem 63 assassinatos em janeiro; PM segue operação tartaruga” (Editoria Brasil, página 11), na edição de sexta-feira passada, 31 de janeiro, o que acontece com a insegurança em Brasília e no entorno acaba preocupando a Nação inteira ou até o mundo. É fácil brasileiros de todos os estados terem parentes ou amigos radicados no Distrito Federal em atividades da política e do trabalho convencional, independente da classe social. Como capital federal, sedia representações diplomáticas funcionando com pessoas provenientes de países tanto vizinhos ao Brasil quanto distantes.

Caracterizadas em maior quantidade antes no entorno do Plano Piloto e cidades-satélites, as ocorrências de foras-da-lei agravaram-se até na Asa Sul, região mais nobre do Plano Piloto. No dia 3 de janeiro, foi assassinado, numa tentativa de assalto nesse segmento meridional, o brigadeiro reformado na FAB, João Carlos de Souza, de 66 anos. Coincidentemente, um dos assaltantes era soldado da Aeronáutica. É fato lamentável a morte do militar perpetrada por outro. Assim como também cruéis as igualmente violentas mortes de 62 outras pessoas no mesmo mês.
 
A operação tartaruga da Polícia Militar do DF tem a justificativa, de acordo com a categoria pleiteante, de reivindicar reajuste de soldos, de 66,8%, reestruturação da carreira e reposição de perdas. Entretanto, para o profissional de segurança pública, existe uma responsabilidade maior na proteção à cidadania. Inclusive, os próprios familiares e amizades da classe podem ser vítimas da própria omissão da categoria.

Brasília foi projetada na intenção de cidade-utopia, como se fosse antecipar uma nação que surgiria no futuro, com a erradicação das principais mazelas do País. Maior idealização do que realidade, os problemas incharam desde a inauguração da Novacap, ainda inacabada, em 1960. É possível ser o momento de o habitante do Distrito Federal mobilizar-se para uma campanha estilo Viva Rio, a fim de as pessoas que gostam da capital federal se sintam seguras. 


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