Diretor da Divisão de Homicídios diz que faltam efetivo e estrutura.
Em 2013, foram registrados 2.017 assassinatos em Fortaleza.
Apenas 8% dos casos investigados na Divisão de Homicídios, da
Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), foram
solucionados em 2013, de acordo com os delegados. “A verdade é que nós
ainda não temos um efetivo ideal e condições ideais para que,
efetivamente, as respostas sejam ofertadas no menor espaço de tempo”,
reconhece o delegado Luiz Carlos Dantas, diretor da Divisão de
Homicídios.Em 2010, o Ceará ganhou uma delegacia especializada na investigação de homicídios. No prédio moderno, trabalham dez delegados, 71 inspetores e 18 escrivães. A equipe é responsável por investigar todos os assassinatos na capital cearense, que, no ano passado, somaram 2.017 casos. Em todo o Ceará, foram registrados 4.462 homicídios, em 2013, segundo a SSPDS.
Mas, além da falta de estrutura, a Polícia Civil enfrenta outro obstáculo, a lentidão do Poder Judiciário. Segundo a polícia, muitas vezes o acusado de assassinato é liberado rapidamente, em decorrência da demora no julgamento e acaba voltando às ruas para cometer os mesmos crimes.
Adriano Soares Meneses, de 30 anos, é suspeito de pelo menos 15 assassinatos, além de tráfico de drogas e roubo a bancos e foi preso nesta quarta-feira (26), por conta de mais uma morte. “Eles ficam presos por um período mais logo conseguem alguma medida, algum habeas corpus, que lhes permitem responder [ao processo] em liberdade”, diz o delegado Márcio Gutierrez.
G1 CE
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