PMs do Bope trocam tiros com bandidos no Complexo do Alemão



Rio - Policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) trocaram tiros, na tarde desta quarta-feira, com bandidos no Complexo do Alemão. Segundo a assessoria das UPPs, o confronto aconteceu na Rua 2, na Favela Nova Brasília.

Ainda não há informações sobre feridos. Os PMs fazem buscas pelos criminosos na região.

UPA atacada

Com o policiamento reforçado no Alemão, segunda foi dia de contabilizar prejuízos e tentar retomar a ordem após os protestos de segunda-feira que resultaram nos incêndios e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) saqueada. Pela manhã, enquanto os quatro ônibus queimados eram rebocados por guinchos, quem procurava o complexo de saúde local, composto pela UPA, o Centro de Atenção Psicossocial e a Clínica da Família, para consultas, era surpreendido pelas portas fechadas.


Janelas estilhaçadas e mobília quebrada lembravam os confrontos. As fiações expostas eram provas dos saques de equipamentos de informática, após Carlos Alberto Marcolino, 21, ter sido atingido por tiro no peito. Ele está no Hospital Getúlio Vargas em estado grave. Adilson da Luz, 21, e um menor, de 15, foram reconhecidos por funcionários e vão responder por dano ao patrimônio público.


Médicos pedem demissão


O secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann, lamentou os estragos na UPA e a baixa na equipe médica: “As cenas de guerra fizeram com que dois médicos da UPA pedissem demissão durante o dia. Dois auxiliares de enfermagem ficaram feridos”, revelou o secretário.


Pacientes que permaneciam internados no local foram transferidos para os hospitais Souza Aguiar, Miguel Couto e Getúlio Vargas. A UPA foi parcialmente reaberta às 13h, como base para atendimento da Clínica da Família, que recebia pacientes mais graves.


De acordo com a mãe de Carlos Alberto, baleado, o filho protestava pacificamente pela morte da idosa, quando foi atingido.


“Meu filho é trabalhador. Ele tinha saído cedo do trabalho para levar o filho dele de três anos ao médico. Tenho certeza que o tiro partiu da polícia. Ele realmente participou de uma manifestação”, disse Sueli de Souza, de 52 anos.


Investigadores da Divisão de Homicídios (DH) recolheram quatro fuzis e duas pistolas de policiais que participaram do suposto confronto que vitimou Arlinda, mais conhecida como dona Dalva, na Nova Brasília. Os policiais civis também investigam de onde partiu o tiro que atingiu Carlos Alberto, no dia seguinte.


FONTE: O DIA

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