Essa era a pergunta recorrente que Ednaldo Monteiro da Silva, então supervisor de segurança do presídio de Anápolis (GO), fazia aos traficantes Wanderson Rithiele Assis Santana, o Bola, e Leonardo Cândido Correia, o 4, respectivamente chefes das alas C e B da unidade prisional da terceira maior cidade de Goiás. Era a prestação de contas sobre tudo o que era arrecadado dentro da prisão: tráfico de drogas, venda de gelo na cantina (R$ 10 a barra), de bebidas (R$... - R$ 30 a garrafa), de celulares (R$ 1.000 a unidade), de celas (R$ 5.000 cada). Havia também permissão para saídas noturnas dos presos que chefiavam as alas Bola saía arrumado e perfumado duas noites por semana, contou uma testemunha ao MP (Ministério Público) de Goiás-- e saídas bancárias escoltadas pelos servidores para que detentos sacassem o dinheiro de pagar propina, além da entrada de prostitutas.
Em 21 de novembro de 2017, a deflagração da segunda etapa da operação resultou na prisão de Monteiro, do ex-diretor do presídio Fábio de Oliveira Santos e de outros agentes penitenciários acusados de participação no esquema de corrupção.
Monteiro teve a prisão relaxada no mês seguinte e passou a responder à investigação em liberdade. Em 2 de janeiro, quando deixava a floricultura de sua família em Anápolis, foi assassinado a tiros dentro de carro por três homens.
O agente penitenciário estava indo ao velório do colega de trabalho Eduardo dos Santos, que havia sido morto de maneira semelhante ao sair de seu plantão no presídio.
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