SUCATEAMENTO DA POLÍCIA CIVIL CEARENSE EM XEQUE


FOTO ILUSTRATIVA 


"O que é essa força-tarefa? Vejo como um sintoma de abandono da Polícia Civil\". A afirmação é do pesquisador do Laboratório de Estudos da Violência (LEV) da Universidade Federal do Ceará (UFC), Leonardo Sá. O sociólogo considera que a chegada dos homens da Força Nacional (FN) ao Ceará se resume a uma medida tomada como uma estratégia política.

Conforme Leonardo Sá, os recordes nos números da violência do Estado, a exemplo das mais de cinco mil mortes contabilizadas, no ano de 2017, são efeito de um sucateamento da Polícia Civil. O professor analisa que a vinda de investigadores de outras regiões do País mostra que, nos últimos anos, não houve investimento suficiente no efetivo da Polícia Judiciária local.

\"O que me preocupa é o imediatismo dessas ações. Não foi feito investimento em recursos humanos na Polícia Civil, não basta construir prédios. Se precisa vir gente da Força Nacional para fazer papel da Polícia Civil, é porque ela está sucateada\", disse Leonardo Sá.

O estudioso considera, ainda, que a medida da força-tarefa se trata de um apelo midiático e é paliativa. \"Se o governo estadual não controla nem o Sistema Prisional, imagine o que acontece nas ruas\", ponderou.

Quantitativo

A opinião da vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), Ana Paula Cavalcante, reitera a do sociólogo. \"Esse grupo da Força Nacional não vai resolver. É um quantitativo irrisório e eles não conhecem a nossa situação. O que precisa ser feito é investir na Polícia Judiciária".
FONTE: DIÁRIO DO NORDESTE 

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