Policial Civil indignado com a falta de apoio do Estado


Relato forte de um Papa Charlie...

Polícia quando dá pra ser vagabundo, é 10 vezes pior que o bandido.
Por isso tantos policiais mortos, tantos homicídios, tantos crimes. 
Uma vez tive que entrar na rua quintanilha, freguesia, Jacarepaguá, para buscar meu filho na casa de minha mãe, a qual nem mais visitava depois que traficantes da Cidade de Deus ocuparam a rua em novembro de 2016 e em abril de 2017 quando meu filho foi buscar roupas para minha mãe internada no hospital, ouviu do muro da casa traficantes que estavam próximos da casa o seguinte: "O filho da puta do filho do polícia está aí. Vamos chamar os caras."
Meu filho se manteve trancado até que eu chegasse. 
Me ligou e me contou o ocorrido.
Voei para lá e pedi ajuda à PM pelo 190.
Em menos de 5 minutos O chefe da UPP CDD, Major Cunha Neves me ligou dizendo que não dava pra entrar na Rua Quintanilha porque tinham muitos homens(bandidos) armados lá. 
Eu disse que entraria com ou sem a ajuda deles, pois meu filho estava ameaçado. 
Na esquina encontrei 7 policiais militares que apesar de quererem me ajudar tinham ordem do Major de não entrar. 
Agradeci aos policiais e ao sargento da supervisão que chegou depois e me pedia para esperar que ia chegar mas reforço além dos 9 que lá estavam.
Mas eu não ia esperar meu filho correndo risco de ser trucidado e entrei só. 
Segui as ordens dos traficantes, pichadas nas paredes, de andar com pisca alerta ligado, em baixa velocidade e luz interna acesa.
Não queria confronto. 
Mas no que embiquei o carro na porta da garagem vi o para brisa sendo estilhaçado por tiros.
Desembarquei e fui para trás do poste onde abri fogo contra um grupo de traficantes. 
Queria correr de volta até o portão de casa que meu filho havia aberto quando me viu chegando e para onde havia descido minha espingarda 12.
Mas eram tantos tiros que furavam meu carro que sei que era grande a possibilidade de ser baleado se saísse de trás do poste.
Para minha sorte os policiais militares entraram mesmo sem ordem e me salvaram ao colocar os vagabundos para correr sob tiros de 7.62.
Agradeci e avisei ao meus filhos que se minha mãe não se mudasse, ela não veria mais os netos, a não ser quando viesse na minha casa, pois eles estavam proibidos de voltar naquela rua, até hoje ocupada pelos traficantes por 24 horas.
Não consigo imaginar outro motivo para negar ajuda a um colega senão um arrego muito forte.
Major Cunha Neves, vagabundo filho da puta, ainda veio a público para dizer que era ordem dele para os Policiais não entrarem.
Perdi minha casa e minha mãe, aceitando que não podia continuar lá. 
Dois meses depois morreu deprimida.
Eu que trabalhei por 28 anos na segurança pública não tive esse direito(de segurança, minha e de minha família).
Saí da casa que construí por 25 anos.
Não pude garantir o direito de propriedade da minha mãe e amarguei a maior dor de minha vida ao perdê-la.
Quando fui fazer a mudança dela, sabendo que não podia contar com a polícia militar, pedi ajuda a CORE.
No dia da mudança morreu um traficante conhecido como Jacaré que atuava na rua e tanto a PM como a CORE da PCERJ afirmaram que não houve confrontos. 
Todos na rua e entre os traficantes dizem que eu era o responsável pela morte do vagabundo e traficantes do CV prometeram no Natal que  entregariam minha cabeça aos familiares do Jacaré e o irmão deles teria paz(só se for no inferno).
Fiz o registro da tentativa de homicídio, do dia que fui resgatar meu filho, na delegacia de Jacarepaguá o qual está sob sigilo, mas depois de um ano ninguém foi preso.
Pedi ajuda a comissão de direitos humanos da Alerj (pedindo ajuda ao inimigo) para provar que não fazem nada pelos policiais e só ajudam bandidos. 
Estive na comissão de direitos humanos da OAB e nada fizeram.
Estive com o deputado mentiroso Marcelo Freixo que diz que ajuda policiais, mas não passa de um mentiroso.
Estive com a deputada Marta Rocha responsável pelos assuntos de Polícia e Segurança Pública daquela casa de putas, que se limitou a enviar ofícios aos Chefe da Polícia Civil e Secretário de Segurança Pública perguntando que providências foram tomadas no meu caso, ofícios jamais respondidos e que sequer foram cobrados pela De"puta"da. 
Tenho nojo do Brazil. 
Tenho ódio desse país desonesto, corrupto, de seus dirigentes, seus comandantes ladrões, tenho ódio desse povo que tem coragem de torcer por uma seleção enquanto nosso judiciário coloca os maiores corruptos na rua e dessa imprensa vendida que abafa os escândalos porque deles se beneficia. 
Tenho ódio dessa mania de levar vantagem em tudo já incorporada a cultura do brasileiro, que só se reúne para brincar o carnaval e ir na passeata gay.
Tenho ódio disso tudo é não vejo luz no fim do túnel. 
O País afunda e chafurda na lama da corrupção e o povo torcendo pelo Neymar.
Foda-se isso tudo.
Peguei meus filhos e mulher e vim para a Europa e não volto nem para passear.
Quero esquecer que nasci nessa terra , pois ser brasileiro é uma sina pesada demais.
Que papai do céu os protejam. 

Theo Azambuja.
Ex Inspetor de Polícia Civil Rj.

Sobrevivente da guerra do Rio de Janeiro.

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