Número de agentes penitenciários no Ceará é deficitário

O presidente do Conselho Penitenciário do Ceará (Copen), Cláudio Justa, afirma que a instalação de câmeras seria boa estratégia para tentar adequar a segurança dentro das unidades prisionais. Justa recordou que a infraestrutura depredada na série de rebeliões e mortes, no ano de 2016, influenciou diretamente na insegurança.

Os gargalos também são evidenciados pelo presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Ceará (Sindasp-CE), Valdemiro Barbosa. Conforme o agente, a população carcerária do Ceará é a que mais cresce no Brasil. O sindicato estima que apenas 15 agentes trabalhem por turno, em cada unidade de grande porte.

Devido ao baixo número do efetivo, Barbosa pontua que o monitoramento fica comprometido. “Temos um quadro de caos, em que as facções dominam e ordenam crimes. Quem paga é o cidadão que está nas ruas. É humanamente impossível custodiar de forma adequada”, considerou.

Um agente entrevistado, que não quis se identificar, disse que os detentos não aceitam as câmeras. “O Estado não tem tomado medidas drásticas, porque sabe a proporção que a reação dos presos pode tomar. Não instala bloqueadores, não coloca câmeras, não transfere os líderes do crime organizado para o presídio federal, porque sabe que os presos não vão aceitar quietos e calados”.
FONTE: DIÁRIO DO NORDESTE 

0 comentários :

Postar um comentário