Ex-político é preso em flagrante na posse de R$ 2 milhões em espécie na 2ª Fase da Operação Km Livre, que investiga fraudes em licitações
A quadrilha é liderada por um investigado que exerceu mandatos de deputado federal e deputado estadual no Estado do Ceará
Um ex-deputado federal e estadual pelo Ceará foi preso em flagrante pela Polícia Federal (PF), no âmbito da segunda fase da Operação Km Livre, nesta quinta-feira (19). Ele é acusado de liderar um esquema fraudulento que movimentou cerca de R$ 600 milhões nos últimos 20 anos nas gestões da Prefeitura Municipal de Fortaleza, segundo a Polícia Federal (PF).
O ex-político foi preso na posse de R$ 2 milhões em espécie, na sede de uma das empresas de locação de veículos, no Bairro de Fátima, em Fortaleza, onde foi cumprido um mandado de busca e apreensão, conforme divulgado pela PF.
Apesar de não divulgar a identificação do suspeito, a PF confirmou que a apreensão se deu no mesmo endereço alvo de buscas na primeira fase da Operação, que tinha o ex-deputado Adail Carneiro como proprietário. A reportagem ligou para o político, mas as ligações não foram atendidas.
Fraudes em licitações
De acordo com a PF, as fraudes nas licitações públicas para locação de veículos perpassaram as diferentes gestões da Prefeitura nos últimos 20 anos. A organização criminosa criava empresas fantasmas, no nome de 'laranjas', para eliminar a concorrência e vencer o certame.
O político preso é dono de cerca de 10 empresas, sendo três no ramo de locação de veículos.
Há fortes evidências, segundo a Polícia Federal, de lavagem de dinheiro ilícito por meio da aquisição clandestina de corretoras de valores e de sociedades em conta de participação do ramo de energia eólica, com a ajuda estratégica de operadores do mercado financeiro. Os investigadores afirmaram ainda que existem indícios da participação de agentes públicos nos crimes investigados.
Operações em outros estados
Ao todo, a Polícia Federal cumpre 27 mandados de busca e apreensão, nos municípios de Fortaleza, Caucaia, Russas, Mossoró (Rio Grande do Norte) e no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (19).
As suspeitas são de desvio de recursos públicos, fraudes em licitações e lavagem de dinheiro.
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