Associação dos Oficiais da PM do Ceará emite Nota


A Associação dos Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (ASSOF-CE), diante de áudio veiculado em redes sociais, dando conta de que numa reunião da ADEPOL o Superintendente da Polícia Civil teria afirmado que o Governador havia se comprometido em garantir aos delegados de polícia Civil do Ceará a implementação da carreira jurídica destes, possibilitando assim a percepção de vencimentos em patamar superior ao teto do Executivo, inclusive estabelecendo o ano de 2017 para a feitura e aprovação da Lei e 2018 para a implementação de seus efeitos, vem a público repudiar veementemente a ausência de atitude concreta por parte do Governador do Estado do Ceará em estabelecer data e condições em que será implementado o reajuste dos membros da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará.
Não há justificativa para esse tratamento diferenciado, os Policiais Militares e os Bombeiros Militares esperam há um ano e oito meses o cumprimento da promessa de campanha do Chefe do Executivo Estadual, foram nove meses para que a comissão nomeada chegasse a uma conclusão do que seria a média do Nordeste e já transcorreram quase sessenta dias da data que entregamos ao Secretário de Segurança a nossa proposta de reajuste conforme pactuado, e ainda não temos nenhuma resposta concreta acerca da sua aceitação ou não.
Em momento algum o Excelentíssimo Senhor Governador se reportou aos Militares Estaduais para dizer quando e em quais condições iria conceder o reajuste salarial prometido em campanha eleitoral há 02(anos)! Não pode se admitir que mais uma vez se afirme que os militares estaduais foram agraciados com a lei de promoções e deveriam estar satisfeitos com isso! A Polícia Civil foi contemplada com a descompressão que equivale a promoção para a PMCE e o CBMCE.
Os Oficiais da PMCE e do CBMCE carregam o fardo de terem os piores salários do País dentre as demais corporações militares estaduais, um Coronel percebe financeiramente 52% dos vencimentos de um delegado de classe especial, ou seja, um pouco mais do que a metade e tem uma carga de trabalho e responsabilidade igual ou maior do que aquele. Privilegiar apenas e tão somente uma pequena parcela dos profissionais da segurança Pública, no caso em concreto os Delegados de Polícia Civil, informando-lhes quando terão atendidas as suas demandas e ao restante, particularmente aos Policias Militares e aos Bombeiros Militares, dar-lhes como resposta apenas o silêncio quanto a data e as condições da implementação daquilo que lhes foi prometido configura uma atitude desrespeitosa para com a família Militar Estadual.

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