Boletins de Ocorrências (BOs) não são realizados pelas vítimas em virtude da falta de confiança nos órgãos de segurança ou por medo.

A exemplo do assalto na avenida Padre Antônio Tomás, outros casos de furto e roubo a pessoa deixam de ser contabilizados pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) pela ausência de queixas. O delegado-geral da Polícia Civil, Andrade Junior, explica que a instituição trabalha apenas com dados concretos e que não há uma estimativa de crimes não reportados às autoridades.

Coordenador do Laboratório de Estudos da Violência (LEV) e ex-diretor da Academia Estadual de Segurança Pública (Aesp), o professor César Barreira acredita que os Boletins de Ocorrências (BOs) não são realizados pelas vítimas em virtude da falta de confiança nos órgãos de segurança ou por medo. “As pessoas acham que não adianta, acham que vai cair no vazio. Ou às vezes têm receio de fazer a denúncia. Em todo assalto, a palavra vem do assaltante: não me denuncie”, comenta.

Ainda na opinião de Barreira, a comunicação dos crimes é essencial para a formação de um banco de dados sobre locais onde a violência predomina. “A Polícia passa a ter um material rico e pode estabelecer uma política de segurança pública de acordo com os dados”.

O delegado Andrade Junior acrescenta que o efetivo pode ser melhor distribuído quando há conhecimento de áreas mais vulneráveis. “Podemos lotar o nosso pessoal de acordo com a hora e local em que há mais ocorrências. Os registros vão para a base de dados estatísticos, o que facilita um mapeamento criminológico e montagem do efetivo”, conclui.

O POVO 

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