
O porta-voz da Santa Sé Federico Lombardi disse inicialmente que a AP havia feito uma leitura equivocada dos dados. Mas depois confirmou a informação.
- Em 2012, foram por volta de 100, enquanto em 2011 foram cerca de 300 - declarou Lombardi.
As últimas estatísticas revelam que o número de padres que deixaram o sacerdócio em 2011 e 2012 foi mais que o dobro dos religiosos expulsos em 2008 e 2009, quando o Vaticano forneceu números pela primeira vez, revelando que 171 deixaram a Igreja.
Os números foram compilados a partir de relatórios anuais do próprio Vaticano sobre as atividades de seus diversos escritórios, incluindo a Congregação para a Doutrina da Fé, que lida com casos de abuso sexual. Embora públicos, os relatórios anuais não estão prontamente disponíveis e não são vendidos fora de Roma. Normalmente, são encontrados em escritórios do Vaticano ou bibliotecas universitárias católicas.
O Vaticano também enviou outros 400 casos para serem julgados por um tribunal da Igreja ou para serem tratados administrativamente.
A pena máxima para um padre condenado por um tribunal da Igreja é essencialmente perder o emprego: ser destituído, ou ter seu estado clerical removido. Não há penas de prisão.
Na quinta-feira, o Comitê da ONU para os Direitos das Crianças pediu à Igreja Católica que atue fortemente contra os abusos sexuais dos quais menores de idade são vítimas, em um enorme escândalo em relação ao qual o papa Francisco, que substituiu Bento XVI este ano, expressou sua 'vergonha'.
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