
Mais um policial assassinado é menos um soldado na luta contra o crime.
Uma luta, aliás, desigual e desleal. A PM não é párea para o poder de fogo dos criminosos, equipados com o que há de melhor e mais moderno em artilharia pesada.
Além disso, nos morros, bandidos contam com a simpatia de uns e o silêncio de outros, acoados pelo medo ou coniventes com o crime.
Já a polícia luta só, sem o apoio da sociedade nem do Estado que ela representa.
Mas, se a polícia representa o Estado, porque o Estado não defende sua polícia? Não a protege, não zela por ela?
Todos os dias, PMs vulneráveis sobem os morros para lutar uma guerra já perdida, e o pior: já negociada, permeada por interesses eleitoreiros.
A pergunta é: quem são os senhores dessa guerra? A quem interessa poupar bandidos e sacrificar os homens da lei?
Quando um PM morre, eu só ouço o silêncio.
O silêncio do Estado.
O silêncio do Ministério Público.
O silêncio dos Direitos Humanos...
Nenhuma palavra ecoa: nem de conforto nem de indignação.
0 comentários :
Postar um comentário