Evento pretende discutir, em Brasília, a melhoria e modernização das estruturas policiais e a concessão de direitos às polícias militares e bombeiros, que atualmente não dispõem de uma série de benefícios concedidos a civis

O evento acontece em meio a uma série de reivindicações e paralisações das forças policiais no País. Em Salvador e Recife a Polícia Militar realizou greves no mês passado, gerando cenas de caos, com o envio da Força Nacional, saques, tiroteios e supostamente um aumento do número de homicídios. Nos últimos dias, polícias civis de vários estados também resolveram entrar em greve. Neste último sábado, 31, foi a vez dos policiais civis do Ceará decidirem entrar em estado de greve.
O evento foi proposto pelos deputados Mendonça Prado (DEM-SE) e Fernando Francischini (SD-PR). Os parlamentares afirmam que “a situação da segurança pública no Brasil chegou a níveis preocupantes”. Segundo eles, “a falta de estrutura e de condições dignas de trabalho para policiais e bombeiros militares prejudicam a sua atuação em prol da sociedade”.
Os deputados destacam que, com a promulgação da Constituição de 1988, “chamada de Constituição Cidadã, as entidades de classes passaram a reivindicar melhores condições salariais e de trabalho. Por entender que todos os cidadãos são iguais, como preceitua a Carta Maior, os policiais e bombeiros militares também merecem ter seus direitos resguardados e a gestão e comandos modernizados”, argumentam os parlamentares.
Para o deputado federal Lincoln Portela (PR-MG), 1º vice-presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara, “há uma disputa muito grande entre as corporações policiais sobre planos de carreira, questões salariais e valorizações. O efetivo das polícias também é pequeno diante da demanda brasileira. Nós temos um sistema de inquérito penal retrógrado, colonial. Nossa polícia também não é moderna, devidamente qualificada, e não dispõe de uma polícia científica com tecnologia avançada”.
O vereador de Fortaleza Capitão Wagner (PR) também participará da audiência pública de hoje. “Os militares (policiais e bombeiros) são cerceados em vários direitos. Não discutiremos necessariamente o direito de greve, mas o direito de manifestação para que possamos ter uma atenção especial do governo. Já que não podemos fazer greve, queremos uma mesa permanente de negociação para resolvermos nossas pautas”, defende ele.
SERVIÇO
Audiência pública
Quando: hoje, a partir das 14h
Onde: plenário 6 da Câmara
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