Segurança da Copa em crise: comandante abandona Batalhão de Grandes Eventos

A doze dias da Copa do Mundo, tenente-coronel deixa a unidade preocupado com a falta de estrutura para o trabalho. Policiais reclamam de falta de alimentação, locais para descanso e do excesso de horas sem folga. PM informa que substituições “são rotina”

Homens do Batalhão de Policiamento em Grandes Eventos usam óculos com câmeras durante protesto no Centro do RioCom black blocs prontos para tumultuar as ruas e uma multidão de turistas a caminho, o Rio de Janeiro sofreu uma baixa na equipe treinada para esse tipo de policiamento. A doze dias da Copa do Mundo, o Batalhão de Policiamento em Grandes Eventos (BPGE) perdeu seu comandante, o tenente-coronel Wagner Villares de Oliveira, à frente da unidade desde sua criação, em outubro de 2013. O oficial entregou o comando, na última sexta-feira, insatisfeito com as condições de trabalho e preocupado com o risco elevado de tumultos, no Estado que mais teve protestos ao longo de todo o ano passado.

Procurada pelo site de VEJA, a PM não explicou a razão da exoneração do tenente-coronel Villares. Em nota, afirmou que “trocas de comando fazem parte da rotina da Corporação”. Segundo a PM, o subcomandante do BPGE, tenente-coronel Heitor Henrique Pereira, que assumiu o comando, também está no Batalhão desde a sua criação. A troca, no entanto, não foi um procedimento de rotina. O "batalhão", de fato, era apenas um grupo de policiais para o qual foi entregue uma missão e algum treinamento especial. Antes de receber este nome, eles eram apenas os "alfanuméricos", identificados por letras e números nas fardas, para permitir que os casos de abusos nas manifestações fossem denunciados. O caso entra para a coleção de medidas de gabinete criadas mais para ter impacto na opinião pública do que resultados de fato.

Policiais ouvidos pelo site de VEJA relatam que Villares entregou o cargo contrariado com a falta de estrutura do batalhão, formado por cerca de 600 homens. A insatisfação é compartilhada com a tropa. No Facebook do BPGE, o descontentamento é claro. “Criado há oito meses com o nome Batalhão de Policiamento em Grandes Eventos, o BPGE já está sendo chamado de Batalhão de Gente Estressada”, diz uma publicação.

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