DESABAFO DE UM POLICIAL MILITAR
Estou cansado de assistir os meus irmãos serem vítimas da inércia de um Estado que não educa, que não dá oportunidades e que não valoriza seus policiais.
Políticos que estão no poder apenas para atender a seus interesses escusos, para se locupletar através do trabalho alheio. E isso tem custado a vida de muitos pais de família, de trabalhadores, de heróis anônimos.
Policiais mortos para eles são como números frios de uma estatística. Eles não sentem a nossa dor. Não vivem a nossa luta. Não sabem 10% do que passamos nas ruas do Estado para manter a ordem.
Apreendemos quase 3 mil armas em 6 meses, são quase 500 armas mês, cerca de 15 por dia.
A lei não nos ampara, nos faz ter a sensação de que enxugamos gelo. Os presídios e centros de menores infratores estão em crise, superlotados, falidos. E tudo recai em nossas costas.
Somos cobrados, não somos valorizados!
Somos exigidos, mas sempre esquecidos!
Quando morremos temos direito a uma pequena nota no jornal, quando sobrevivemos talvez tenhamos direito a uma foto ao lado de uma autoridade.
E assim a vida segue.. E a vida não tem sido fácil para nós, policiais.
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