Vereador soldado Noélio: O fato ocorrido no Espírito Santo é apenas a ponta do iceberg

Em sua página no Facebook o Vereador pelo PR Ceará´Soldado Noélio se reportou sobre a situação deplorável a ques estão submetidos as polícias Brasileiras, vejam o comentário bem abalizado 

Os organismos Internacionais de Direitos Humanos precisam ser acionados para ver de perto as atrocidades a que as Policias Militares Brasileiras são submetidas em todo o País. O Brasil assinou acordos e tratados internacionais que são reiteradamente descumpridos, desobedecidos.

O fato ocorrido no Espírito Santo é apenas a ponta do iceberg. São dezenas de direitos violados. O princípio constitucional da dignidade da pessoa humana é algo que não atinge os quarteis e regulamentos disciplinares destas instituições.
No nosso País, policiais são excluídos de direitos básicos como uma carga horária de trabalho definida, direito a receber adicional pelas horas trabalhadas a mais (hora extra), adicional pelo trabalho noturno. Tudo isso demonstra o atraso histórico no que tange os direitos trabalhistas, provocados, principalmente, pelos regulamentos que tolhem o direito a reivindicar melhores condições de trabalho.
Ministros do STF já manifestaram que o direito de protestar é um DIREITO INSUPRIMÍVEL. Como pode um Estado que se intitula como DEMOCRÁTICO cometer uma série de atrocidades com seu servidor policial e ainda por cima OBRIGÁ-LO, através de lei, a aceitar todas essas injustiças em silêncio?
No direito internacional, os protestos estão protegidos sob a ótica de três direitos essenciais ao indivíduo e aos sistemas democráticos: o direito à liberdade de expressão e os direitos à livre reunião e à livre associação pacífica.
No caso da crise do Espírito Santo e demais estados que já passaram por uma paralisação do serviço policial, é necessário que façamos uma análise sistemática das causas, e não apenas das consequências. Sob pena de acabarmos assistindo ao surgimento de novos casos. A pergunta a ser feita não é quais são as consequências de uma paralisação da Polícia, isso todos já sabemos. A pergunta correta é: quais fatos geraram essa paralisação? O que fez com que esses pais de família tomassem tal atitude tão radical e prejudicial a toda sociedade, inclusive a eles próprios?
A análise tem que superar os discursos vazios de quem quer apenas o retorno da Polícia às ruas para poder curtir um carnaval sem problemas. Essa análise tem que atingir os valores coletivos, valores de quem tem o interesse em construir uma sociedade melhor para todos, inclusive para quem garante o funcionamento normal de todas as instituições através da prestação de seu serviço essencial de segurança pública (policial).
Sem egoísmos, sem truculência por parte do Estado (maior descumpridor de direitos humanos do planeta) chegaremos a um consenso e a melhor saída para essa grave crise.
O momento é de inclusão de pessoas que queiram ajudar a resolver o problema, e não de jogar gasolina em um incêndio que já consumiu, em muito, a paz de policiais e cidadãos.

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