Paraná: Moradores fazem "vaquinha" e compram armas para Polícia Militar


Moradores de Pitanga, distante 118 quilômetros de Campo Mourão, se uniram para reequipar a Polícia Militar (PM) da cidade. Com uma “vaquinha” arrecadaram R$ 33 mil e fizeram a compra de quatro novos fuzis para a corporação. A iniciativa teve apoio do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg), Sindicato Rural e empresários do município.

“A ajuda foi bem vinda. Toda parceria público-privada que venha somar na segurança faz com que tomo mundo ganhe com isso. Uma polícia bem armada vai proteger melhor a população contra ações de bandidos e quadrilhas que possam vir a agir na nossa cidade”, comentou à TRIBUNA o 2º sargento da Polícia Militar de Pitanga, Dirceu Moraes, comandante da Rotam, na cidade.

Ele explicou que desde março do ano passado a PM está trabalhando sem parte do armamento no município. A corporação teve as armas recolhidas para perícia após um confronto armado com uma quadrilha que explodiu caixas eletrônicos na cidade. Três criminosos foram mortos na ação. Moraes comentou que as armas recolhidas serão devolvidas somente ao final do inquérito policial, que não tem previsão para conclusão.

O sargento informou que três fuzis já foram entregues para a PM de Pitanga e que está para chegar mais um nos próximos dias. Cada arma, segundo ele, custou em torno de R$ 8,5 mil. A iniciativa incentivou moradores de outras cidades da Comarca, que também reequiparam a PM da região. Receberam fuzis destacamentos de Boa Ventura de São Roque, Santa Maria do Oeste e Palmital, uma unidade para cada cidade.

Moraes informou que a entrega das doações foi feita ao Conseg, que fez a compra dos armamentos junto a Indústria de Material Bélico do Brasil (Imbel), já que a aquisição das armas não pode ser feita por pessoas comuns. Os modelos dos fuzis foram escolhidos pelo comando da PM.

O sargento comentou ainda que a atuação da Polícia Militar contra a quadrilha de bancos no ano passado também motivou a população a fazer as doações para a compra das armas. “Depois do confronto a comunidade passou a valorizar mais a atuação da polícia e os moradores começaram se mobilizar para a compra dos fuzis”, argumentou.

A reportagem da TRIBUNA tentou contato com os presidentes do Conseg de Pitanga, Cícero Aparecido Barbosa, e do Sindicato Rural, Luiz Carlos Zampier, para comentarem o caso, mas não conseguiu localizá-los.

FONTE: TRIBUNA DO INTERIOR 

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