O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Augusto Passos Rodrigues, afirmou nesta terça-feira (30) que o órgão investiga a ligação do crime organizado com a adulteração de bebidas alcoólica com metanol.
Segundo ele, há possível conexão com investigações sobre a importação de metanol do porto de Paranaguá. Já o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, descartou nesta segunda a participação do PCC nos casos de adulteração de bebidas alcoólicas.
"Dentro as razões [da instauração do inquérito em SP], a possível conexão com investigações recentes que fizemos agora - especialmente no Paraná que se conectou com outras duas em São Paulo em razão de toda a cadeia de combustível - uma parte disso passa pela importação de metanol pelo Paranaguá. Portanto a necessidade de entrarmos nesse caso por essas razões. A investigação dirá se há conexão com o crime organizado.”, afirmou.
"Agora, a investigação dirá se há conexão com o crime organizado, com operações anteriores. Enfim, a gente vai buscar trabalhar de maneira integrada - que são investigações que se complementam com as investigações na parte administrativa, com investigação a cargo também da Polícia Civil de São Paulo que são complementares. Nós trabalharemos de maneira integrada como temos feito e como é determinação do ministro da Justiça e Segurança Pública de sempre buscarmos essa cooperação e integração", completou.
A suspeita de participação do PCC no caso começou no domingo (28), quando a Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF) divulgou uma nota em que levantou a suspeita de que o metanol usado na adulteração de bebidas alcoólicas podia ser o mesmo importado ilegalmente pelo PCC para “batizar” combustíveis.
Segundo a entidade, o fechamento recente de distribuidoras e formuladoras de combustível ligadas ao crime organizado — responsáveis por importar metanol de forma fraudulenta para adulterar combustíveis, conforme já comprovado em investigações do Gaeco e do Ministério Público de São Paulo — poderia estar por trás da atual onda de intoxicações.
"Ao ficar com tanques repletos de metanol lacrados e distribuidoras e formuladoras proibidas de operar, a facção e seus parceiros podem eventualmente ter revendido tal metanol a destilarias clandestinas e quadrilhas de falsificadores de bebidas, auferindo lucros milionários em detrimento da saúde dos consumidores", diz a ABCF.
FONTE SITE G1

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