
Há pelo menos um mês, o soldado da UPP Jacarezinho, que mora em Itaperuna, no Norte Fluminense, pede abrigo na residência de parentes, no Rio, ao deixar o serviço. Outro PM, lotado no Complexo do Alemão e que mora no mesmo município, apela para pedidos de carona na estrada, em Além Paraíba.
Por causa da escala apertada desde que as UPPs passaram a ser atacadas pelo tráfico, os militares têm improvisado maneiras de driblar a distância e o tempo de deslocamento de casa para o trabalho. Em alguns casos, o tempo de descanso é de 12 horas e o trajeto leva até sete .
—Tenho que ficar em casa de parentes. Não tenho condições financeiras para ir e vir, e também não daria tempo. Ficaria mais tempo na estrada do que em casa. Quase não vejo minha família — reclama o soldado do Jacarezinho.
No alojamento do Complexo do Alemão, camas quebradas e sem colchões Foto: Reprodução
As escalas dos PMs são variadas e mudam a cada mês pelos próprios comandantes de cada unidade. Com os confrontos, as folgas têm sido cassadas ou reduzidas para que haja turnos extras para reforço, contam os PMs pelo WhatsApp do EXTRA (21 99809-9952 e 21 99644-1263). Sem alternativa, policiais do interior chegam a dormir nas bases das UPPs para não terem que voltar para casa. Os militares reclamam que nos alojamentos não há camas suficientes, por isso chegam a dormir em pedaços de papelão.
— Ganho R$ 2.800 e gasto R$ 1.050 com 16 passagens de ônibus. Vou à Rodoviária Novo Rio e tento carona — reclama o PM.
Por causa da escala apertada desde que as UPPs passaram a ser atacadas pelo tráfico, os militares têm improvisado maneiras de driblar a distância e o tempo de deslocamento de casa para o trabalho. Em alguns casos, o tempo de descanso é de 12 horas e o trajeto leva até sete .
—Tenho que ficar em casa de parentes. Não tenho condições financeiras para ir e vir, e também não daria tempo. Ficaria mais tempo na estrada do que em casa. Quase não vejo minha família — reclama o soldado do Jacarezinho.

As escalas dos PMs são variadas e mudam a cada mês pelos próprios comandantes de cada unidade. Com os confrontos, as folgas têm sido cassadas ou reduzidas para que haja turnos extras para reforço, contam os PMs pelo WhatsApp do EXTRA (21 99809-9952 e 21 99644-1263). Sem alternativa, policiais do interior chegam a dormir nas bases das UPPs para não terem que voltar para casa. Os militares reclamam que nos alojamentos não há camas suficientes, por isso chegam a dormir em pedaços de papelão.
— Ganho R$ 2.800 e gasto R$ 1.050 com 16 passagens de ônibus. Vou à Rodoviária Novo Rio e tento carona — reclama o PM.

Também lotado no Complexo do Alemão, outro soldado leva cinco horas para chegar a Campos, no Norte Fluminense, onde mora. Ele relata que, na terceira folga da escala, é colocado no serviço extra. Como os outros PMs, sem remuneração:
— Em uma semana, chego a ficar só um dia e meio em casa. Acabo não voltando.Em nota, a Coordenadoria de Polícia Pacificadora explicou que, em razão dos últimos episódios de enfrentamento de bandidos a policiais das UPPs , foi necessária a mobilização de todo o efetivo.

Resposta
Em nota, a Coordenadoria de Polícia Pacificadora explicou que, em razão dos últimos episódios de enfrentamento de bandidos a policiais das UPPs , foi necessária a mobilização de todo o efetivo.
Escalas
Ainda segundo a assessoria, sempre que possível, os comandantes das UPPs tentam alocar as escalas dos PMs que moram no interior de forma que eles possam ir para as suas casas, “embora todos saibam que o concurso que eles prestaram previa a atuação em qualquer região do estado".
Baleados
Pelo menos três PMs baleados em UPPs estavam de serviço fora de sua lotação. Rodrigo Tábua Mendes, do Jacarezinho, foi atingido no Alemão, anteontem.
FONTE: JORNAL EXTRA
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