
Paulo, em junho de 2009, foi absolvida pela Justiça da acusação de receber propina. Vanessa Lopes, de 32 anos, também ganhou processo por danos morais conta o governo de São Paulo. Foi estipulada indenização de R$ 30 mil. Ambas as decisões cabem recurso.
O caso ganhou repercussão em 2011, quando o vídeo da ex-policial tendo a roupa arrancada por agentes da Corregedoria da Polícia Civil vazou na internet. Nas imagens, é possível ver Vanessa sentada enquanto ouve sucessivos pedidos para que tire a roupa por causa da suspeita de que tenha escondido nas roupas íntimas o dinheiro de propina. Após ter a roupa retirada, o dinheiro foi encontrado e a mulher foi detida.
Em decisão publicada em 5 de maio, o juiz Antonio de Oliveira Angrisani Filho afirma que houve “violação ao direito da mulher investigada”. “Se sequer o homem pode tocar o corpo da mulher para a realização da busca, conquanto mais desnudá-la. Se foram apreendidas ou não as cédulas previamente xerocopiadas na posse da ré é fato a ser considerado como inexistente nos autos pela notória nulidade da prova.” Procurada, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que não irá comentar a decisão.
Vanessa respondeu a processo administrativo e foi exonerada da Polícia Civil em outubro de 2010. De acordo com seu advogado, Fabio Guedes Garcia da Silveira, a ex-escrivã quer, agora, voltar à Polícia Civil. Um novo processo para sua readmissão deve ser iniciado.
Investigação
O caso começou quando um homem envolvido em um inquérito no 25º Distrito Policial da capital, em Parelheiros, procurou o Ministério Público para denunciar a ex-escrivã. Segundo ele, a mulher havia pedido uma quantia em dinheiro para livrá-lo de investigação de posse ilegal de munições. O MP, então, acionou a Corregedoria, que prosseguiu com a investigação.
O homem foi orientado a negociar com a ex-escrivã. Após receber o dinheiro, a policial foi abordada e a gravação foi iniciada. De acordo com a Corregedoria, o vídeo tem mais de 40 minutos e mostra toda a negociação para que a mulher entregasse o dinheiro, considerado a prova do crime. A gravação foi feita, segundo o órgão, “para a garantia de todos”.
Imobilizada, ela pediu para que uma agente mulher a revistasse. Após discussão, os policiais decidiram tirar sua calça à força, apesar dos gritos da mulher para que não a expusessem. Um agente retirou quatro notas de R$ 50 das roupas íntimas. “Na hora, senti desespero, acuada por aqueles homens, em uma situação humilhante. Na hora que tiraram a minha roupa, eu pedi pelo amor de Deus para não filmar a minha intimidade. Foi uma violência; como mulher, fui violentada”, disse em 2011, ao G1, a ex-escrivã.
Após o vídeo ser divulgado, os corregedores que participaram da ação foram afastados pelo então secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto.
VIA BLOG COMBATE POLICIAL
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