
Um grupo de pessoas, que esperava para entrar na sede da Polícia Federal da Rua Paula Rodrigues, no Bairro de Fátima, foi assaltado na calçada em frente ao prédio. O caso ocorreu no último dia 30, mas não havia sido divulgado. A reportagem recebeu a informação sobre a ação criminosa em frente à PF por meio de um policial federal, que pediu para não ser identificado. Segundo ele, o fato aconteceu no começo da manhã, quando o prédio, onde é feito o atendimento para as pessoas que necessitam retirar passaportes, ainda estava fechado.
A equipe esteve no local e conversou com testemunhas e servidores. Conforme um guardador de carros (identidade preservada), que disse estar na sede da PF todos os dias, é comum as pessoas que vão agendar uma data para dar entrada em seus passaportes chegarem muito cedo e acabem esperando na calçada até que o atendimento comece.
"Eles estavam aqui em frente, quando dois homens chegaram em uma moto. Um deles desceu e disse que era um assalto. Levaram R$ 100 reais que uma das pessoas tinha, e alguns celulares, mas só os modernos. Uma mulher entregou o dela, mas o ladrão disse que não ia levar porque era feio. Depois subiu na moto, tranquilamente, e foi embora". A testemunha não soube dizer quantas pessoas foram abordadas pelos criminosos, mas o policial federal ouvido pela reportagem disse que, no momento dos assaltos, de seis a sete pessoas estavam no local.
O policial disse ainda que foram obtidas imagens de câmeras de vigilância que registraram o momento da sequência de roubos. A reportagem visitou lojas situadas próximas ao prédio da PF, mas os proprietários disseram não possuir esse vídeo. Por meio de uma nota, a PF lamentou o fato e disse estar tomando providências. A Instituição não especificou o que estava fazendo a respeito. "A Polícia Federal lamenta o assalto na última quarta-feira, dia 30 de abril de 2014, às 6:30h. Em face do ocorrido, a PF/CE vem tomando novas medidas de segurança a fim de garantir a segurança para todos os usuários que buscam o serviço da Instituição", diz o documento.
Um vendedor de lanches, que também costuma estar no local, disse que é comum assaltos naquela rua. "Quase todos os dias chega alguém aqui dizendo que foi assaltado. Muitas dessas pessoas estão se dirigindo para a Polícia Federal. Dia desses, uma moça de outro País, que não falava bem português, chegou aqui desesperada porque roubaram a mochila dela com os documentos que ela ia apresentar aos policiais". Um servidor da Instituição, que não quis se identificar, disse que o local tem vigilância terceirizada 24 horas e explicou o porquê de não poderem ajudar.
FONTE: DIÁRIO DO NORDESTE
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