Maior traficante de fuzis dos EUA para o Brasil é preso na Flórida



A Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou, na manhã deste sábado (24), a prisão de Frederick Barbieri, conhecido como o maior traficante de fuzis oriundos dos Estados Unidos para o Brasil. Barbieri foi preso no Estado da Flórida, nos Estados Unidos, onde vivia pelo menos desde 2010. Com ele, as autoridades norte-americanas apreenderam uma carga de aproximadamente 40 fuzis que seriam enviados ao Brasil.

Barbieri responde a processos por tráfico de armas no Brasil. Ele é apontado como o responsável por uma carga de 60 fuzis apreendidas no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, em junho de 2017. A carga, avaliada em R$ 4,8 milhões, foi a maior apreensão de fuzis no Brasil em 10 anos.
A prisão de Barbieri foi feita por agentes do ICE (Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos). Segundo o delegado Fabrício de Oliveira, titular da Desarme (Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos) do Rio de Janeiro, Barbieri foi preso por conta do seu envolvimento com o tráfico de armas entre o Brasil e os Estados Unidos.

De acordo com Fabrício de Oliveira, Barbieri era conhecido no mercado clandestino de armas por abastecer a diversas facções criminosas ao mesmo tempo. "Ele não trabalhava com exclusividade para esta ou aquela facção. Ele enviava armas para diversas facções ao mesmo tempo", disse.

Ele diz que a polícia fluminense repassou informações sobre Barbieri às autoridades norte-americanas depois da apreensão de fuzis em junho do ano passado. Uma equipe da Polícia Civil chegou a ser enviada aos Estados Unidos para auxiliar nas investigações.

"Como o Barbieri era o chefe da quadrilha, a gente acredita que tenhamos desmantelado essa quadrilha. Ele era o maior traficante de fuzis dos Estados Unidos para o Brasil", disse Fabrício de Oliveira.

Barbieri é alvo de mandados de prisão expedidos pela Justiça brasileira. Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o pedido de extradição de Frederik Barbieri já foi apresentado para o governo norte-americano, mas houve um pedido de documentação complementar. Agora, estão aguardando o Poder Judiciário enviar a documentação complementar devidamente traduzida para o inglês.

No entanto, o delegado Fabrício de Oliveira acredita que a possibilidade de Barbieri ser extraditado é remota. Isso porque o traficante obteve a cidadania norte-americana e, por isso, ele deverá responder pelos crimes nos Estados Unidos.

O delegado disse que o ICE deverá fornecer informações detalhadas sobre a prisão de Barbieri na próxima segunda-feira (26) e que ainda não é possível saber se ele ofereceu resistência ou não durante a operação que resultou na sua captura.

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