Motoristas de Táxi por aplicativo são vítimas da violência em Fortaleza

Violência muda rotina de motoristas de aplicativos em Fortaleza; em 2 anos, foram 17 mortes

Fortaleza tem pelo menos 16 mil motoristas de aplicativos, mas os trabalhadores estão assustados com a onda de violência contra a categoria, que se tornou vítima frequente de assaltos e até homicídios.

Clayton Lopes é motorista de aplicativo e tenta se proteger da violência evitando aceitar viagens à noite e com destino a áreas de risco. “Se for três homens, não pego, evito. Se for só um e eu achar que é suspeito, eu peço para sentar no banco da frente, ao meu lado”.

Os cuidados aumentaram depois que Clayton foi feito refém dentro do porta-malas do próprio carro por um grupo de cinco assaltantes. Depois de horas de ameaças, ele foi solto em um local deserto. O veículo nunca foi recuperado.

Além de serem vítimas frequentes de assaltos, os motoristas de aplicativos também são alvos de outro tipo de violência: os homicídios. Em menos de dois anos, 17 foram assassinados enquanto trabalhavam.

O caso mais recente aconteceu no último dia 19 de setembro, na Avenida Philomeno Gomes, no Bairro Jacarecanga.
A vítima foi Valter Gomes de Azevedo. A suspeita é que o motivo tenha sido uma briga de trânsito. Segundo testemunhas, o carro dele atingiu uma motocicleta e derrubou um casal na pista. Houve uma discussão, e a mulher sacou uma arma e atirou contra Valter, que morreu no local.

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