Ceará: A guerra do tráfico e as decapitações


DECAPITAÇÕES E A GUERRA DO CRIME ORGANIZADO NO CEARÁ

Anunciar que estamos na pior crise da Segurança Pública do Ceará já não é novidade, mas conseguimos chegar a um patamar nunca antes visto: com diversas decapitações só em Fortaleza e Região Metropolitana. Só na última terça (30), três corpos decapitados foram encontrados às margens da Lagoa do Urubu, que fica no limite dos bairros Álvaro Weyne com Padre Andrade, zona oeste de Fortaleza.

A Polícia Militar acredita que as cabeças das vítimas foram levadas pelos criminosos. Ainda segundo a PM, os assassinatos aconteceram em outro local e os corpos foram levados para a Lagoa do Urubu. Na manhã do mesmo dia, o corpo de uma mulher foi encontrado no mesmo local e na mesma situação que os três corpos achados durante a noite. A população está aterrorizada visto que já são quatro corpos decapitados deixados no mesmo lugar em menos de 24 horas.

Também no dia 30 de outubro, após ter a casa invadida, um homem de 40 anos foi torturado e morto. A vítima morava na comunidade Babilônia, mesmo local onde trabalhava em obras. O motivo do crime foi político. A vítima afirmou que votaria no então candidato Jair Bolsonaro (PSL). O homem foi decapitado e teve partes do corpo decepadas.

Já há duas semanas, um corpo esquartejado e decapitado foi encontrado no município do Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Dias depois, os restos mortais foram reconhecidos na Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce). No dia 6 de outubro, uma cabeça humana foi deixada dentro de um saco em plena via pública na cidade de Pacajus, também na RMF. 

Passada as eleições 2018 o que estamos vendo até hoje é a inércia do Governo do Estado nas ações contra esses crimes bárbaros. O governo e a pasta da Segurança Pública não entendem é que não há condições de resolver esse problema com as mesmas práticas. Ceará Pacífico foi e está sendo uma catástrofe anunciada! 

Na última quarta (31.10), o deputado estadual Capitão Wagner (Pros) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa para cobrar uma resposta do Governo para a sequência de mortes com decapitação. “Cadê o líder desse Estado? Cadê a capacidade de indignação das autoridades para falar sobre isso? A decapitação virou rotina no Ceará. Não podemos nos calar”, disse. Capitão Wagner defendeu que a problemática deve unir as diversas instituições públicas, envolvendo, além do Governo, o Poder Judiciário e o Ministério Público. “Que venhamos dar uma resposta diante dessa situação gravíssima”, acrescentou.

Não se trata apenas de um problema de Segurança Pública, mas também uma catástrofe humanitária o que estamos vivenciando! Fala-se muito em Direitos Humanos, mas nesses casos e em muitos outros noticiados ainda não visualizamos a preocupação com as vidas dos cearenses. 

Um novo tempo se aproxima, o Ceará não pode andar na contramão de estados que já se dispõem a enfrentar o crime organizado a altura do combate vivenciado nas grandes cidades do país.

Nossas crianças, jovens e nossas famílias, não merecem lidar com um espetáculo de horrores dessa natureza. O ano de 2018 está quase no fim e bateremos mais uma vez o recorde no aumento da violência, com a assombrosa dúvida de que tempos piores virão se os gestores estaduais não tomarem pra si a responsabilidade do enfrentamento contra a criminalidade do nosso estado!

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FONTE: Associação dos profissionais de segurança pública 

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