Ceará: Delegado de Polícia se diz indignado com absolvição de criminosos suspeitos de matarem 3 PMs em Quixadá

Estou acostumado a lidar com o lado mais sombrio da sociedade, e preciso expressar minha indignação com a absolvição desse réu, acusado de múltiplos homicídios e tentativas de homicídio contra policiais militares, além de roubo e outros crimes.

Um veredito desse soa como um completo desrespeito à memória dos que tombaram em serviço, à dor das famílias e à segurança pública como um todo.

Estamos falando de um caso que abalou o Ceará em 2016: uma emboscada brutal, onde policiais militares foram mortos de forma covarde, outros alvejados, e reféns foram feitos por criminosos armados até os dentes.

A acusação contra o réu não era um simples palpite — ele foi apontado como um dos integrantes desse grupo responsável por um banho de sangue.

E o que vemos após anos? Uma absolvição que soa como uma sentença de impunidade, um recado claro de que vidas policiais são descartáveis.


Será que o trabalho árduo dos investigadores, a coleta de provas, o empenho em reconstruir os fatos, o tempo de prisão preventiva cumprido por serem um risco à ordem publica, tudo isso foi ignorado? Será que o sangue derramado pelos policiais em Juatama não tem mais valor do que o benefício da dúvida concedido ao réu?


Essa decisão reflete uma inversão de valores, é a realidade em um país onde o criminoso, muitas vezes, recebe mais atenção e garantias do que suas vítimas.


O que resta aos policiais que estão na linha de frente, combatendo o crime organizado? Que motivação eles terão para continuar arriscando suas vidas?


Eu pergunto: quem vai olhar nos olhos das famílias dos policiais assassinados e explicar? Essas pessoas não perderam apenas maridos, pais ou filhos; perderam também a esperança de que o mínimo seria feito para honrar a memória dos mortos e punir os responsáveis. Essa absolvição não afeta apenas as famílias das vítimas, ela desmoraliza toda a classe policial.


Uma sociedade que não protege suas vítimas, que não honra o sacrifício dos que defendem a sociedade, não é justa. É cúmplice da desordem, da violência e da inversão de valores que assola nosso país.

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