Policiais e bombeiros militares deflagraram uma greve em todo o Estado na tarde desta terça-feira (13). A decisão foi tomada em conjunto por uma multidão de profissionais da classe do lado de fora do Palácio do Campo das Princesas após reunião com os secretários da Casa Militar, coronel Mário Cavalcanti, e da Casa Civil, Luciano Vásquez. As lideranças do movimento disseram que, apesar de os gestores terem se comprometido a levar as reclamações da categoria ao governador João Lyra Neto, nenhum prazo ficou acertado.
A chegada à sede do Governo foi precedida de uma passeata pelas principais ruas e avenidas do Centro do Recife. Policiais e bombeiros militares de todo o Estado estiveram presentes no ato, que ainda não terminou e conta com um trio elétrico. Mesmo sob chuva, o movimento foi crescendo consideravelmente ao longo das horas. A passeata começou na Praça do Derby, pouco depois das 14h30, e seguiu pela avenida Conde da Boa Vista, que ficou interditada no sentido Centro. A Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) acompanha a caminhada e aconselha os motoristas a evitarem esse trecho do Centro da Cidade.
De acordo com o policial militar Joel da Harpa, um dos líderes do movimento, o ato não afetou o expediente dos policiais e bombeiros, já que estes trabalham em um regime de 12/36 horas. Os dirigentes da mobilização também afirmaram que cerca de 30% dos profissionais estão em serviço hoje, uma quantidade considerada normal.
Entre os principais pontos presentes na pauta de reivindicações, se destacam a aprovação de subsídio salarial com início previsto para janeiro de 2015 (representando um reajuste referente aos valores de auxílio alimentação e periculosidade de 50% para soldados e 30% para oficiais), um plano de cargos e carreira com base em tempo de serviço (com o militar sendo promovido automaticamente por tempo de serviço) e a reestruturação do Centro Médico-Hospitalar (CMH) dos bombeiros e policiais militares.
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